Febre Amarela
A poucos dias fomos surpreendidos, pela grande mídia informando casos de Febre Amarela no estado de Minas Gerais, não demorou muito e logo ocorreram casos no estado do Espírito Santo. Agora para nossa nada surpresa, temos casos recentes no município de Casimiro de Abreu no estado do Rio de Janeiro. Com isso o Ministério da Saúde já lançou datas para vacinação nesses e outros estados (deve ser consultado com a secretaria de saúde de cada município).
Então vamos falar de fato o que é a Febre amarela?
É uma doença infecciosa, não contagiosa de pessoa para pessoa, com característica febril, transmitida pela fêmea dos insetos Haemogogus, para febre amarela silvestre e Aedes aegypti, para Febre Amarela urbana,tendo cada um, um ciclo biológico próprio.
Possui gravidade clinica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas infectadas pelo Aedes Aegypti.
Até onde se sabe a Febre Amarela tem sua origem na Africa e supõe que tenha chegado ao continente americano através de navios de escravos onde vinham junto seu vetor urbano o Aedes Aegypti.
No Brasil, o primeiro caso ocorreu em Pernambuco em 1685, onde ocorreram cerca de 600 óbitos por Febre Amarela. A última epidemia no Brasil ocorreu no ano de 1929 no Rio de Janeiro, totalizando na época 738 casos onde 478 vieram a óbito. Após esse período foram registrados apenas casos esporádicos em outros estados, sendo o último caso no ciclo urbano brasileiro em 1942 no Acre.
É de notificação compulsória, não possui tratamento específico, sendo necessário tratamento de suporte, com uso de analgésicos e antitérmicos. A profilaxia baseia-se no controle de vetores e principalmente na VACINAÇÃO da população residentes de locais endêmicos.
A doença na grande maioria da população se apresenta de forma benigna evoluindo assim para a cura, uma minoria desenvolve a forma grave indo a óbito. Nos três casos registrados no Rio de Janeiro os indivíduos tiveram o tipo grave da doença indo a óbito,todos de Casimiro de Abreu - RJ.
Seu período de incubação no homem varia de 3 a 6 dias podendo se estender até 15 dias. A viremia dura aproximadamente 7 dias e vai de 24-48 horas antes dos sintomas e de 3 a 5 dias após início da doença. É neste período que o mosquito adquire o vírus, ao picar o homem infectado. Nos casos que evoluem para a cura, a infecção confere imunidade duradoura.
O quadro clínico típico apresenta insuficiência hepática e renal. Após 3 dias de infecção tem início súbito e sintomas inespecíficos como febre, cefaleia, lombalgia, mialgias, prostração, náuseas e vômitos. Após esse primeiro momento há declínio da temperatura e diminuição dos sintomas, o que dura bem pouco. No máximo de 2 dias após os sintomas iniciais, começam os sintomas mais agudos como retorno da febre e do vômito ( com aspecto de borra de café), diarreia, insuficiência hepatorrenal, ictericia, oligúria, anúria e albuminúria, acompanhando casos hemorrágicos: gengivorragia, epistaxe, otorragia, hematêmese, melena, hematúria, sangramentos em locais de punção venosa e prostração intensa, comprometimento do sensório, obnubilação mental e torpor, evoluindo para coma ou morte. O pulso torna-se mais lento, apesar da temperatura elevada, sendo conhecido como Sinal de Faget.
Então para nos prevenirmos contra a Febre Amarela, temos que começar com os cuidados básicos como uso diário de repelente reaplicando de acordo com as orientações do fabricante de escolha, não deixar nenhum tipo de reservatório com água parada, nas nossas residências, local de trabalho e nossa rua e claro procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da residência de acordo com as datas disponíveis para vacinação em seu município.
ORIENTAÇÕES PARA VACINAÇÃO:
- Quem pode se vacinar?
Pessoas de 9 meses a 59 anos 11 meses e 29 dias.
- Quem não deve se vacinar?
Menores de 9 meses e adultos com 60 anos ou mais;
Pacientes com imunodeficiência por tratamento ou doença;
Gestantes e mulheres que estejam amamentando menores de 6 meses;
Pessoas com história de reação anafilático relacionada a substancias da vacina ou alergia a ovo de galinha e seus derivados;
Referências:
Direto de imagem Ministério da Saúde;
portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sus/febre-amarela
BRITO, L.B.M; SANTOS, J.A; GOMES, A.L.P; MARCOS, A.J.R. Febre Amarela: Uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research - BJSCR. 2014
Coordenação de Imunizações - SMS-RJ;
Ministério da Saúde.
Espero que gostem de nossa primeira abordagem e façam seus comentários para aprimorarmos cada vez mais nossos conhecimentos.
Aguardamos vocês...
Até a próxima postagem