Sífilis: prevenção, diagnóstico e tratamento
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada frequentemente pelo contato sexual anal, oral ou vaginal desprotegido, ou de forma congênita( de mãe infectada para o feto). É também conhecida como cancro duro, causada pela bactéria Treponema Pallidum apresentando manifestações clinicas diversas e quatro estágios distintos, onde no primeiro e segundo estágios, há maior índice de transmissibilidade.
Essa infecção tem cura e atinge além dos órgãos genitais, outras partes do corpo em diferentes estágios e os sintomas da sífilis avançam conforme a evolução da doença e podem levar anos para aparecer.
No primeiro estágio ou sífilis primária, o sinal mais comum(quando existente) é uma ferida única, geralmente no local por onde a bactéria penetrou, e que possui alto índice de transmissão. Ela pode ser visível ou invisível, dependendo do local por onde começou a infecção. Essa ferida não coça, não arde, não dói, não tem pus e parece entre dez e 90 dias após o contágio e desaparece espontaneamente .
O segundo estágio ou sífilis secundária, aparece em torno de seis semanas a seis meses após o aparecimento da primeira ferida. É caracterizada por manchas na pele principalmente palma das mãos e planta dos pés que também não coçam, febre e aumento dos linfonodos e sintomas como dor muscular e disfagia.
A fase latente, compreende o final do segundo estágio até o provável início do próximo, e é caracterizada por ausência de sinal ou sintoma por tempo indeterminado ou previsível. A doença pode nunca mais aparecer, ficando inativa ou ressurgir, caracterizando o estágio seguinte. É dividida em latente recente, com menos de um ano, e tardia, com mais de um ano.
Por fim, o terceiro estágio e não menos pior, é caracterizado por danos severos a diversos órgãos e pode se manifestar muitos anos após a infecção. Os órgãos mais comumente afetados são cérebro, coração, fígado, nervos, ossos, vasos sanguíneos e articulações acarretando paralisia, demência, cegueira entre outros e como consequência final, a morte.
Existem três tipos de diagnóstico e tratamento:
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral as Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.120p
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e AIDS. Brasília, Ministério da Saúde, 2006. Workowski KA, Berman SM; Centers for Disease Control and Prevention. Sexually transmitted diseases treatment guidelines, 2010 [published correction appears in MMWR Recomm Rep. 2011;60(1):18]. MMWR Recomm Rep. 2010;59 (RR-12):1-110.
O enfermeiro neste caso, deve realizar o aconselhamento e oferecer testes rápidos para Sífilis; Oferecer e estimular o uso de preservativos; Encorajar a pessoa a comunicar ao(s) parceiro(s) sexual(is) dos últimos três meses para que possam ser atendidos e tratados; Oferecer tratamento ao parceiro; Notificar o caso em formulário do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) em caso de exame positivo de sífilis; Prestar apoio emocional ao paciente e Explicar as condutas de tratamento e o que esperar do mesmo.
Viu só como não se brinca com a Sífilis e nem com qualquer outra IST? Portanto, o melhor jeito de combater essa e diversas outras ISTs, é praticando sexo protegido! Sempre! Nunca acreditem cegamente em parceiros que dizem “não ter nada”; que ”já fizeram exames e estava tudo bem”; ou que ”se tivessem algo, não estariam ali com você” .
Se mesmo assim houver sexo desprotegido e ficar a dúvida, procure um posto de saúde mais perto de sua casa e peça para fazer o teste.
Referências:
* Departamento de vigilância, prevenção e controle das ISTs, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Disponivel em: http://www.aids.gov.br/pagina/sifilis
* Coleção Guia de Referencia Rápida – Infecções Sexualmente Transmissiveis, SUS. Disponível em: http://subpav.org/download/prot/_IST.pdf
