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Toxoplasmose


O nosso assunto de hoje é a toxoplasmose...

Zoonose causada pelo Toxoplasma gondii e adquiri maior relevância quando atinge as gestantes, devido ao risco do acometimento fetal. A transmissão ocorre por meio da ingestão materna de alimentos contaminados ou por locais onde possa haver fezes de felinos. A infecção fetal ocorre após a infecção placentária, sendo o risco fetal relacionado com o tempo de gestação, sendo maior no 3º trimestre. Ainda não se tem evidências que o tratamento da toxoplasmose durante a gestação, reduza as infecções congênitas no bebê.

O diagnóstico pode ser difícil, por isso as gestantes devem realizar a sorologia para toxoplasmose, já que algumas gestantes podem apresentar sintomas inespecíficos ou até mesmo sintoma algum.

Formas preventivas básicas:

· Lavar as mãos ao manipular alimentos;

· Lavar bem verduras, frutas e legumes antes de ingeri-los;

· Não comer carne crua, mal cozida ou mal passada e alimentos embutidos;

· Evitar contato com a terra de jardim, não havendo outra maneira, se tiver que manipular a terra com as mãos, use luvas e lave bem as mãos após o termino da atividade;

· Evitar contato com fezes de gato no lixo ou solo;

· Após manusear carne crua lave as mãos e os utensílios utilizados no preparo;

· Não consuma leite e derivados crus, não pasteurizados;

· Evite limpar a caixa de areia dos gatos, solicite que outra pessoa o faça. E quando não tiver outra pessoa use luvas e pá para o manuseio

· Alimente o gato com carne cozida ou ração, não deixe que eles "caçem" seus próprios alimentos;

· Lave sempre as mãos após contato com animais.

O tratamento deve ter seu início o quanto antes após a descoberta. A terapêutica envolve drogas de ação parasitária (Espiramicina), que atua sobre a infecção placentária, (Sulfadiazina, Pirimetamina com Ácido Folínico) que eliminam os agentes que atravessam a barreira placentária e que atingiram o liquido amniótico e/ou feto. Devendo ser seguido o esquema medicamentoso de acordo com as semanas gestacional.

· Espiramicina até a 16ª semana de gestação;

· SPAF (Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido Folínico) a partir da 16ª semana.

A toxoplasmose congênita, como já citado ocorre quando a mãe é infectada pela zoonose, sendo o período de maior frequência dessa infecção no 3ª trimestre. As alterações mais comuns nos recém-nascidos, os agravos anatômicos e funcionais da toxoplasmose congênita são: restrição do crescimento intrauterino, morte fetal, prematuridade e /ou manifestações clínicas e sequelas como: microftalmia, lesões oculares, microcefalia, hidrocefalia, calcificações cerebrais, pneumonite, hepatoesplenomegalia, erupção cutânea e retardo mental. A criança pode desenvolver manifestações clínicas correlacionadas com a toxoplasmose até os três anos de idade.

As lesões oculares com perda gradual da visão não ocorrem somente no período neonatal, podendo se instalar ao longo da adolescência ou até mesmo na vida adulta.

O diagnóstico no RN apresenta certa dificuldade devido a presença de anticorpos de classe IgG materno, transferidos por via transplacentária. Os anticorpos IgG de transferência materna são degradados ao longo do primeiro ano de vida da criança.

A confirmação da toxoplasmose congênita ocorre:

· IgM reagente, entre dois dias e seis meses de idade;

· Crianças que apresentam persistência ou aumento do IgG após 1 mês de vida, independente da presença de sinais ou sintomas da doença;

· Crianças com sinais e/ou sintomas sugestivos de toxoplasmose, após exclusão de outras possíveis etiologias (Sífilis, citomegalovírus, rubéola);

· Presença de toxoplasmose em tecido placentário.

O tratamento da toxoplasmose congênita é iniciado na fase ante natal, sendo indicado o uso da SPAF (Sulfadiazina, Pirimetamina com Ácido Folínico), pela mãe para o tratamento fetal.

Após o nascimento deve-se iniciar o tratamento imediatamente. As drogas usadas são Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido Folínico de forma contínua durante 12 meses. Havendo presença de coriorretinite em atividade ou de hiperproteinorraquia, deve-se associar a prednisona ou prednisolona até a melhora do quadro.

Referências bibliográficas:

- Caderno de Atenção ao Pré-natal. Toxoplasmose. Governo do Paraná

-Brasil.Ministério da saúde. Secretaria de vigilância epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso/ ministério da saúde, 2005. 320p - (série B. Textos Básicos de Saúde)

- Brasil. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico/ Ministério da saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de ações programáticas Estratégicas - 5ª ed - Brasília, 2010.302p (Série A. Normas e manuais técnicos).


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