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Nosso assunto hoje é: Esclerose Múltipla - EM

Hoje nossa postagem do Blog enfermagem e saúde irá abordar a esclerose múltipla. Bora adquirir mais um pouco de conhecimento?

A esclerose Múltipla é uma doença que acomete o sistema nervoso e causa destruição da mielina (substância rica em lipídios e proteínas que formam as camadas ao redor das fibras nervosas, responsáveis pelos impulsos nervosos), ou seja, é uma doença neurológica, de natureza inflamatória, crônica e progressiva. Suas causas, porém ainda são desconhecidas ( alguns estudiosos apontam à genética, ambientes e algumas patologias virais como possíveis causas).

Essa patologia tem predileção por adultos jovens, sendo rara, no período da puberdade e após os 60 anos e tendo seu maior número de casos em pessoas entre 20 e 50 anos, acredita-se que geralmente ocorrem com pessoas com histórico familiar, com pessoas tabagistas, com hábitos alimentares inadequados e deficiência de vitamina D, além de patógenos como herpes-6 e Epstein-Barr.

Seu diagnóstico é basicamente clínico, sendo o diagnóstico laboratorial apenas auxiliar, pois o laboratorial não é capaz sozinho de comprova-la.

O Brasil é considerado um país com baixa prevalência, é uma doença que afeta mais pessoas brancas, porém há casos entre orientais, negros e índios, é mais comum em mulheres que em homens.

As lesões geralmente ocorrem no corpo caloso, trato óptico, cerebelo, tronco, medula e substância branca periventricular, causando a desmielização. Não se sabe o porquê a preferencia por essas áreas, porém acredita-se que seja por haver maior distribuição vascular, que permite maior concentração de citocinas e células inflamatórias.

Podemos definir as lesões inflamatórias em quatro fatores:

  1. Quebra de barreiras hemato-encefálica

  2. Processo inflamatório da parede vascular

  3. Expressão antigênica e

  4. Presença de marcadores linfocitários.

Lublin e Reingold subdividiram a evolução clínica da doença em: surto-remissivo, progressivo primário, progressivo secundário e surto-progressivo.

  • Surto-remissivo: episódios agudos de acompanhamento neurológico, dura 24 horas ou mais com intervalo de aproximadamente 30 dias.

  • Progressiva: há piora gradual dos sinais neurológicos, que podem permanecer por seis meses ou mais, ocorrendo depois uma estabilidade no quadro. Chamamos de fase progressiva secundária quadros que ocorrem após inicio de um surto.

  • Surto-progressivo: exacerbações e progressão do quando, é a fase mais complicada, à qual chamamos de definitivo. Quando chega-se neste estágio não há mais regressão dos sintomas.

Os sintomas mais comuns são fadiga, alterações fonoaudiologicas, transtornos visuais, problemas de equilíbrio e coordenação, espasticidade, transtornos cognitivos, transtornos emocionais.

O tratamento para EM é feito com uso de imunossupressores e imunomoduladores, porém seus resultados não são tão eficientes, já que muitos pacientes não respondem ao tratamento. Atualmente dividimos o tratamento da seguinte forma: curativo, profilático, sintomático e de reabilitação. Entretanto nenhuma das opções oferece a cura, apenas retardam o avançando dos sintomas.

O uso do B- interferon e do Capolímero, mostraram resultados promissores na evolução da doença, na fase aguda usa-se corticoides endovenoso, o que pode aumentar o intervalo entre o surto. Há estudos que vem avaliando o uso de células tronco como uma alternativa ao tratamento da EM, porém ainda em análise.

No dia 23 de setembro de 2010, o Ministério da Saúde viu a necessidade de

criar uma portaria, para definir algumas diretrizes para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos portadores de EM.

Com isso foi criado a Portaria nº 493, que considerou a consulta pública SAS nº 21 de 23 de Abril de 2010 e a Portaria SAS/ MS nº 375 de 10 de novembro de 2009.

E em seu art 1º - aprova-se na forma de anexo desta portaria o protocolo clínico e Diretrizes terapêuticas – Esclerose Múltipla.

Art 2º Esta portaria entra em vigor no país

Art 3º Revoga a portaria SAS/MS nº 97 de 22 de março de 2001.

Cuidados de Enfermagem aos pacientes de EM:

O enfermeiro é um dos membros da equipe multiprofissional, com isso atende tanto os pacientes, como familiares e outros profissionais da saúde, através da realização de planejamentos, ações assistenciais, recuperação, entre outras medidas que permitirá a funcionalidade de todo o processo de cuidar e tratar o mesmo.

Com os pacientes portadores de EM, o enfermeiro estimula o autocuidado, contribuindo com o cuidado humano, atua tendo como papel fundamental o suporte ao paciente, cuidadores e a família, ensinando a lidar com está nova etapa da vida de todos os envolvidos com o paciente, fazendo com que todos tenham participação ativa no tratamento e cuidado, permitindo que compreendam seus papeis na reabilitação do paciente.

As intervenções de enfermagem iniciam-se logo que se tem o diagnóstico, indicando assim os cuidados de enfermagem.

Durante a consulta de enfermagem, devemos prestar um atendimento direcionado, individualizado, focado no indivíduo, permitindo ouvir o paciente e assim identificar suas necessidades e avaliar o grau de dependência que o mesmo apresenta.

Cabe ao enfermeiro identificar quais sintomas estão mais exacerbados no paciente e traçar uma linha de cuidados para reduzi-los. A fadiga é o principal sintoma diagnosticado, com isso cabe a nós identificar os fatores que estão afetando a capacidade deste individuo de ser ativo e tentar contornar a situação atual.

Além disso, devemos avaliar a força muscular, coordenação, marcha, função de eliminações, funções sexuais. O enfermeiro é responsável em passar os seus achados aos outros membros da equipe como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e médicos, para que juntos tracem a melhor estratégia de tratamento, já que a linha de cuidados é de responsabilidade do enfermeiro.

“Dizem que a enfermagem é a arte do cuidar... eu prefiro dizer que é a ciência do cuidar.” Eu não sei quem é o autor desta frase, porém concordo plenamente e com essa frase encerro a nossa postagem de hoje.

Até a próxima postagem. Bjinhos :)

Referências:

Oliveira. E.M.L; Souza. N.A. Esclerose Múltipla. SP. 1998

Scholz. A.L; Oliveira.S.R. Terapia de Células Troncos na Esclerose Múltipla.

disp em: www.inesul.edu.br/revista_saude/arquivos/arq-idvol_5_1337869924.pdf

Collegaro D. Academia Brasileira de Neurologia - Diagnóstico e tratamento da Esclerose Múltipla. 2001

Portaria nº 493, de 23 de setembro de 2010

Maria de Fátima Seixas de Souza e Silva - Intervenção da Enfermagem na assistência à pessoa com esclereso múltipla e aos familiares.


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